domingo, 23 de setembro de 2007

Redemunhador de faísca

Dispositivo criado pelo meu pai para reduzir o custo de aquecimento do sistema de secagem de produtos agrícolas.
Com menor quantidade de lenha obteve-se maior calor, aumentando dessa forma a eficiência do sistema. Idéia aproveitada nas outras filiais da empresa.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Questão de segurança ou loucura?

Cooperativa - Pensando na possibilidade de um incêndio, meu pai projetou a construção de um reservatório de água que não dependesse da energia que tocava a empresa para ser abastecido.
Conta que quando apresentou o projeto o chamaram de louco. Porém, após a exposição dos motivos, aprovaram a execução. Sua mente mirava o futuro e antecipava soluções. Lembro agora de uma fala do Senador Suplicy, quando dizia que seu maior defeito é ser detalhista demais na explicação de suas idéias, mas que se ouvidas com atenção, acabam se entusiamando por elas. Não é bem o caso de meu pai que era sucinto, mas a analogia cabe no que se refere à oportunidade para justificar o plano.

Cigarro. Como tudo começou.

Meu pai tinha então por volta de 20 anos. Numa de suas viagens aos centros urbanos comprou um rolo de fumo amarelinho para vender aos peões de estância, os caboclos que lidavam com o gado e as terras. Esse fumo amarelinho era especial, diferente daquele fumo bruto que tinha no comércio. Para vender, meu pai tinha sempre um cigarro pronto e dava pequenas tragadas. A venda foi rápida. Quando aquele rolo de fumo acabou, meu pai já estava fisgado pelo prazer da nicotina. O próximo rolo que comprou não seria mais para venda, era para consumo próprio. E o hábito se estendeu por sessenta longos anos. Colhi este depoimento de meu pai, ouvindo seu pigarro costumeiro e sua tosse incessante, sentindo o fraquejar de seu pulmão mutilado por este produto maldito. O marketing costuma associar jovens sadios e uma vida livre a um produto que destrói o pulmão das pessoas - o marketing mente.