segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Cigarro. Como tudo começou.

Meu pai tinha então por volta de 20 anos. Numa de suas viagens aos centros urbanos comprou um rolo de fumo amarelinho para vender aos peões de estância, os caboclos que lidavam com o gado e as terras. Esse fumo amarelinho era especial, diferente daquele fumo bruto que tinha no comércio. Para vender, meu pai tinha sempre um cigarro pronto e dava pequenas tragadas. A venda foi rápida. Quando aquele rolo de fumo acabou, meu pai já estava fisgado pelo prazer da nicotina. O próximo rolo que comprou não seria mais para venda, era para consumo próprio. E o hábito se estendeu por sessenta longos anos. Colhi este depoimento de meu pai, ouvindo seu pigarro costumeiro e sua tosse incessante, sentindo o fraquejar de seu pulmão mutilado por este produto maldito. O marketing costuma associar jovens sadios e uma vida livre a um produto que destrói o pulmão das pessoas - o marketing mente.

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